A teoria Fleckiana como subsidio a uma Educação Ambiental holística na práxis educativa docente

Autores

  • Raimunda Kelly Silva Gomes Universidade do Estado do Amapá

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v34i1.6685

Palavras-chave:

Educadores Ambientais. Currículo Escolar. Saberes.

Resumo

Este artigo objetiva refletir sobre as teoria Fleckiana sobre os estilos de pensamento (EP) e o coletivo de pensamento (CP) e suas implicações para uma educação ambiental holística, para tanto é preciso identificar as práticas, as concepções, as tradições e as normas que caracterizam o Coletivo de Pensamento (CP) dos (as) educadores (as) ambientais, uma vez que, cada CP apresenta uma maneira particular de ver o objeto do conhecimento e de relacionar-se com ele, o que implica em um direcionamento do olhar que orienta e pode interferir na práxis educativa e na construção de currículo para além do ambiente escolar. Portanto, é necessário que o EP e o CP sirvam como base para a construção de uma EA holística no currículo escolar e na práxis educativa docente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raimunda Kelly Silva Gomes, Universidade do Estado do Amapá

Doutora em educação, pela universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Educação Ambiental, Gestão escolar, educação do campo, zoneamento ecológico econômico e de Ecologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarino, atuando na Zona Costeira Amazônica. Atualmente é docente da Universidade do Estado do Amapá, curso de licenciatura em Pedagogia, onde vem desenvolvendo atividades de pesquisa e extensão universitária, como líder do grupo de integração socioambiental e educacional (GISAE). Além disso, orienta iniciação cientifica, com estudos voltados as questões socioambientais e educacionais no Estado do Amapá

Referências

APPLE, Michael. Repensando ideologia e currículo. In: MOREIRA, Antonio Flávio. Barbosa; SILVA, Thomas Tadeu da. Currículo, cultura e sociedade. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

BUSNARDO, Flávia; LOPES, Alice Casimiro. os discursos da comunidade disciplinar de ensino de biologia: circulação em múltiplos contextos. Ciência & Educação, n. 1, v. 16, p. 87-102, 2010.

BACKES, Dirce Stein; COLOMÉ, Juliana Silveira; ERDMANN, Rolf Herdmann; LUNARDI, Valéria Lerch. Grupo focal como técnica de coleta e análise de dados em pesquisas qualitativas. O mundo da saúde, v. 35, n. 4, p. 438-442, 2011.

BARROS, João Henrique Ávila. Conhecimento e Discurso: reflexões sobre articulações entre a epistemologia de Fleck e a Análise de Discurso em Educação Científica e Tecnológica e no Ensino de Ciências. In: VIII ENPEC - Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Campinas, 2011.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. DOU nº 116, Seção 1, págs. 70-71

BOMFIM, Alexandre Maia; ANJOS, Maylta Brandão dos; FLORIANO, Marcio Douglas; FIGUEIREDO, Carmen Simone Macedo; SANTOS, Denise Azevedo dos; SILVA, Carolina Luiza de Castro da. Parâmetros curriculares nacionais: uma revisita aos temas transversais meio ambiente e saúde. Revist. Trab. Educ. Saúde, n. 1, v. 11, p. 27-52, 2013.

CARVALHO, Isabel Cristina Moura. A invenção ecológica. Editora da UFRGS, 2001.

CARVALHO, Isabel Cristina Moura. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2012.

COSTA, Cesar Augusto Soares da; LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Interdisciplinaridade e educação ambiental crítica: questões epistemológicas a partir do materialismo histórico-dialético. Ciência e Educação, v. 21, n. 3, p. 693-708, 2015.

FLECK, Ludwik. Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2010.

FLECK, Ludwik. La génesis y el desarrollo de un hecho científico. Madrid: Alianza Editorial, 1986.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes; VARELLA, Ana Maria Ramos Sanches; ALMEIDA, Telma Teixeira de Oliveira. Interdisciplinaridade: tempos, espaços, proposições. Revista e-Curriculum, n.11, v. 3, p. 847-862, 2013.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdiciplinaridade-Transdisciplinaridade: visões culturais e epistemológicas e as condições de produção. Revist. Interdisciplinaridade, v.1, n. 2, p. 34- 42, 2012.

FERREIRA, Nali Rosa Silva. Atitude interdisciplinar, formador dos (as) professores (as) e autonomia profissional. Tese (doutorado em educação: currículo). 197 f. Programa de Pós-graduação em Educação- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP, São Paulo, 2011.

GUIMARÃES, Mauro. A formação de educadores ambientais. 8 ed. Campinas, são Paulo: papirus, 2012, 173 p.

GALLO, Silvio. Transversalidade e Meio Ambiente. Ciclo de Palestras sobre Meio Ambiente - Programa Conheça a Educação do CIBEC/INEP- MEC/SEF/COEA, 2001

GALLO, Silvio. Conhecimento, transversalidade e currículo. Tese de livre docência, 2009.

GOODSON, Ivor. Currículo: teoria e história. 6ª edição. Petrópolis: Vozes, 1995.

GAVIDIA, Valentin. A construção do conceito transversalidade. In: ÁLVAREZ, Maria Neves; et al. Valores e temas transversais no currículo. Porto Alegre: Artmed, 2002, p. 15-30.

GONZÁLEZ GAUDIANO, Edgar. Los desafíos de la transversalidade enel curriculum de la educación básica en México. Tópicos em Educación Ambiental, México, n.6, v.2, p. 63-69, 2000.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da terra. São Paulo, Petrópolis, 2000.

GUIMARÃES, Mauro; CARDOSO, Cristiane. Dos desertos geográficos a desertificação da vida. A educação ambiental em tempos de crise. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 31, p. 324-338, 2014.

GOMES, Raimunda Kelly Silva; NAKAYAMA, Luiza; SOUSA, Francele Benedito Baldez. Educação Ambiental formal como Princípio da Sustentabilidade na Práxis Educativa. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, Ed. Especial, p. 11-39, 2016.

JAPIASSU, Hilton. Ciências: questões impertinentes. São Paulo: Ed. Ideias & Letras, 2011.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo; VIÉGAS, Aline. Princípios normativos da educação ambiental no Brasil: abordando os conceitos de totalidade e de práxis. Pesquisa em educação ambiental, n.1, v. 8, p. 11-23, 2013.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo; FRANCO, Jussara Botelho. Aspectos teóricos e metodológicos do Círculo de Cultura: uma possibilidade pedagógica e dialógica em educação ambiental. Ambiente e Educação, n.1, v.17, p. 11-27, 2012.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo e TORRES, Juliana Rezende (Org.). Educação ambiental: dialogando com Paulo Freire. São Paulo: Cortez, 2014.

LORENZETTI, Leonir. Estilos de pensamento em Educação Ambiental: uma análise a partir das dissertações e teses. Tese de doutorado. Programa de Pós-graduação em Educação Científica e Tecnológica/UFSC: Florianópolis, 2008.

LUIZARI, Rosa Acássia; CAVALARI, Rosa Maria Feiteiro. A contribuição do pensamento de Edgar Morin para a educação ambiental. Educação: teoria e pratica, v. 11, nº. 20, jan/jun, 2003, p. 7-13

LEFF, Enrique. Saber ambiental. Petrópolis-RJ: Vozes. 2001. 224 p.

LEFF, Enrique. Discursos sustentáveis. São Paulo: Cortez, 2010

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Trajetórias e fundamentos da Educação Ambiental. São Paulo: Cortez, 2006.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Teoria social e questão ambiental: pressupostos para uma práxis crítica em educação ambiental. In: LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo; LAYARGUES, Philippe Pomier; CASTRO, Ronaldo Souza (org.). Sociedade e meio ambiente: a educação ambiental em debate. São Paulo: Cortez, 2012, cap. I, 17-54 p.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo; TOZONI-REIS, Marilia Freitas Campos. Teoria social crítica e pedagogia histórico-critica: contribuições à educação ambiental. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, Ed. Especial, p. 68-82, 2016.

LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. A estabilidade do currículo disciplinar: o caso das Ciências. In: LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabet (orgs). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p.73-94.

LEITE, Raquel Crosara Maia; FERRARI, Nadir; DELIZOICOV, Demétrio. A história das leis de Mendel na perspectiva fleckiana. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Bauru, v. 1, n. 2, p. 97-108, 2001.

LAYRARGUES, Philippe Pomier. Educação para a gestão ambiental: a cidadania no enfrentamento político dos conflitos socioambientais. In: LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo; LAYARGUES, Philippe Pomier; CASTRO, Ronaldo Souza (org.). Sociedade e meio ambiente: a educação ambiental em debate. São Paulo: Cortez, 2012, cap. IV, 89-156 p.

MATIAS, Virgínia Coeli Bueno de Queiroz. A transversalidade e a construção de novas subjetividades no currículo escolar. Currículo sem Fronteiras, n.1, v.8, p.62-75, 2008.

MENDES, Regina; VAZ, Arnaldo. Educação ambiental no ensino formal: narrativas de professores sobre suas experiências e perspectivas. Educação em Revista, n.3, v.25, p.395-411, 2009.

MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2002.

MORALES, Angélica Góis Muller. Processo de institucionalização da educação ambiental: tendências, correntes e concepções. Pesquisa em Educação Ambiental, n. 1, v. 4, p. 159-175, 2009.

REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representação social. 8 edição, São Paulo: Cortez, 2010 (coleção questões da nossa época, v. 12).

SACHS, Ignacy. Desenvolvimento: includentes, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.

SORRENTINO, Marcos. et al. Educação ambiental como política pública. Educação e Pesquisa, n. 2, v. 31, p. 285-299, 2005.

SILVA, Thomas Tadeu. Os novos mapas culturais e o lugar do currículo numa paisagem pós-moderna. Educação, sociedade e cultura, n. 3, p. 125-142, 1995.

SHULMAN, Lee. Those Who Understand: knowledge growth in teaching. Educational Researcher, n. 2, v. 15, p. 4-14, 1986.

SACRISTÁN, José Gimeno. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed, 1999.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

TOZETTO, Susana Soares. Os saberes da experiência e o trabalho docente. Rev. Teoria e Prática da Educação, n. 3, v. 14, p. 17-24, 2011.

TOZONNI- REIS, Marilia Freitas Campos. Educação ambiental: natureza, razão e história. Campinas são Paulo. 2 ed: autores associados, 2008, 166p.

TORRES, Juliana Rezende. Apropriações da Concepção Educacional de Paulo Freire na Educação Ambiental: Um Olhar Crítico. Revista Contemporânea de Educação N º 14 – agosto/dezembro de 2012.

TEIXEIRA, Cristina; TORALES, Marilia Andrade. A questão ambiental e a formação de professores para a educação básica: um olhar sobre as licenciaturas. Educar em Revista. Ed. Especial n. 3, p. 127-144, 2014.

TORALES, Marilia Andrade. A inserção da educação ambiental no currículo escolar e o papel dos (as) professores (as): da ação escolar a ação educativa-comunitária como compromisso político ideológico. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. esp., p.1-15, 2013.

TEIXEIRA, Lucas André; TOZONI-REIS, Marília Freitas Campos; TALAMONI, Jandira Líria Biscalquine. A teoria, a prática, os (as) professores (as) e a educação ambiental: algumas reflexões. Revista olhar de professor, n. 2, v. 14, p. 227-237, 2011.

UNESCO. Congresso Internacional UNESCO/PNUMA sobre la educacion y la Formación Ambiental, Moscou. In: Educação Ambiental, Situação Espanhola e Estratégia Internacional. DGMA-MOPU, Madri, 1987.

VEIGA-NETO, Alfredo. De Geometrias, Currículo e Diferenças. Educação e Sociedade, n. 79, p. 163-186, 2002.

VALENTIN, Leirí. A dimensão política na formação continuada de professores em educação ambiental. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, n. 2, v. 31, p. 58-72, 2014.

Downloads

Publicado

2017-05-04

Como Citar

Silva Gomes, R. K. (2017). A teoria Fleckiana como subsidio a uma Educação Ambiental holística na práxis educativa docente. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 34(1), 233–249. https://doi.org/10.14295/remea.v34i1.6685

Edição

Seção

Artigos