Escola de princesas: estratégias ficcionais e discursos androcêntricos

Autores

  • Andreia Aparecida Marin Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG, Brasil.
  • Stheffany Cruvinel Martins Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v27i3.8163

Palavras-chave:

Mulher. Feminismo. Escola de Princesas. Representação. Androcentrismo.

Resumo

A presente escrita gira em torno de representações a respeito da mulher veiculadas no discurso inerente ao currículo das Escolas de Princesas. A necessidade de uma análise de tais representações se justifica pela suspeita de que fazem retroceder amplas discussões críticas sobre a construção social do conceito de mulher, sua objetivação e as contenções nela fundadas. A argumentação se desenvolve no sentido de demonstrar que a pedagogia das referidas escolas oculta ou ignora discussões feministas, tanto amparadas em Beauvoir, quanto em Butler, duas importantes pensadoras que influenciam vertentes dos feminismos contemporâneos.

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Biografia do Autor

Andreia Aparecida Marin, Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG, Brasil.

Grad. Ciências Biológicas/USP e Filosofia/UFPR. Dra em Ecologia e Recursos Naturais/UFSCar. Docente no Instituto de Educação, Letras, Artes e Ciências Humanas e Sociais/UFTM,

Stheffany Cruvinel Martins, Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG, Brasil.

Grad.HIstória. UNiversidade Federal do Triângulo Mineiro,

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Publicado

2019-01-29

Como Citar

Marin, A. A., & Martins, S. C. (2019). Escola de princesas: estratégias ficcionais e discursos androcêntricos. Momento - Diálogos Em Educação, 27(3), 132–153. https://doi.org/10.14295/momento.v27i3.8163

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