Braudel e a pluralidade do tempo:

a História entre o estrutural e o factual

Autores

Palavras-chave:

Pluralidade temporal, Longa duração, Estrutura, Braudel.

Resumo

Na década de 1950, Lévi-Strauss se tornou um dos mais eminentes cientistas sociais e o estruturalismo antropológico lançado por ele, abalou não apenas a antropologia funcionalista, mas também outras ciências, inclusive a História. A proposta estruturalista trouxe aos historiadores velhas questões, reascendendo o debate entre evento e estrutura. O objetivo do presente artigo é discutir como Braudel responde ao avançar do estruturalismo lévi-straussiano, a partir da longa duração e de uma abordagem do plural do tempo, buscando superar a oposição entre o estrutural e o factual. Primeiramente, vamos apresentar o estruturalismo antropológico, ressaltando suas características e considerações diante do pensamento histórico. Num segundo momento, evidencia-se como Braudel se apropria do estruturalismo de Lévi-Strauss ao mesmo tempo em que o nega e apresenta a História como a ciência capaz de permanecer hegemônica entre as Ciências humanas. Posteriormente, trataremos do conceito de longa duração e da pluralidade temporal. Por fim, na última parte, traçamos algumas considerações sobre a ampliação da história estrutural, destacando sua diversidade e seus riscos, especialmente, o de produzir uma história imóvel.

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Biografia do Autor

Carlos Prado, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Professor do curso de História da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

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Publicado

2021-03-24

Como Citar

Prado, C. (2021). Braudel e a pluralidade do tempo: : a História entre o estrutural e o factual. Historiæ, 11(1), 9–27. Recuperado de https://periodicos.furg.br/hist/article/view/9461