Podemos falar em realidade na História? Reflexões sobre tempo e espaço a partir de Jacques Rancière e Henri Lefebvre

Autores

  • Maira Eveline Schmitz Universidade Federal de Santa Maria

Palavras-chave:

Tempo, Espaço, Jacques Rancière, Henri Lefebvre

Resumo

Com a linguist turn, a teoria da História viu crescer a ênfase na linguagem enquanto possibilidade de compreensão dos processos sociais. Tornou-se cada vez mais difícil, para uma epistemologia da História, chegar ao “real” e questionou-se inclusive a teoria da História enquanto experiência e prática. Na esteira da discussão de vários historiadores, percebe-se, neste sentido, uma tendência em legitimar o ofício do historiador a partir da relação que este estabelece com a categoria de tempo. Nesta direção, optou-se por abordar neste texto algumas proposições de dois filósofos franceses da segunda metade do século XX, os quais se dedicaram a analisar a complexidade da temporalidade para a compreensão das sociedades: Jacques Ranciére e Henri Lefebvre. Sem um caráter conclusivo, pretende-se relacionar as considerações de Jacques Ranciére a respeito do anacronismo e da temporalidade na história às proposições de Henri Lefebvre sobre o método regressivo-progressivo, além de abordar possíveis aproximações entre a teoria da produção do espaço de Lefebvre e a estética e a partilha do sensível de Ranciére.

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Biografia do Autor

Maira Eveline Schmitz, Universidade Federal de Santa Maria

Maira Eveline Schmitz é professora de História no Instituto Federal Farroupilha - Campus Santa Rosa. Licenciada em História pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), mestre em História pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e doutoranda no Programa de Pós-graduação em História na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Trabalha com temas relativos à História Urbana, Cultura Visual e Patrimônio Industrial e Ferroviário.

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Publicado

2021-03-24

Como Citar

Schmitz, M. E. (2021). Podemos falar em realidade na História? Reflexões sobre tempo e espaço a partir de Jacques Rancière e Henri Lefebvre. Historiæ, 11(1), 85–101. Recuperado de https://periodicos.furg.br/hist/article/view/9449