A construção do imaginário do guerreiro lusitano romântico em a morte do lidador de Alexandre Herculano

Autores

  • Rodrigo Santos de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande

Palavras-chave:

Romantismo. Romantismo português. Alexandre Herculano. A morte do Lidador. História de Portugal.

Resumo

Em 1851 Alexandre Herculano, uma das maiores expressões do Romantismo lusitano, publicou a obra Lendas e Narrativas. Nesta época, Portugal era apenas uma sombra das antigas glórias das Casas de Borgonha e Avis que haviam conquistado o mundo quatro séculos no passado. Em decadência desde a queda de Dom Sebastião na Batalha de Alcácer Quibir (1578), tendo perdido sua independência aos espanhóis (1580-1640), sendo invadida novamente por espanhóis aliados aos franceses (1808-1812), em grave crise econômica desde a perda da sua colônia americana (1822), em crise política depois da Guerra Civil (1828-1834) e tentando se reorganizar como uma monarquia liberal, seus intelectuais buscavam no passado uma imagem idealizada para reconstrução social e política. Dessa forma, o Romantismo, enquanto movimento literário, surgia como um instrumento para a edificação do nacionalismo lusitano. Dentro desta perspectiva, Alexandre Herculano em Lendas e Narrativas vai utilizar como pano de fundo uma imagem idílica do período áureo da Reconquista Cristã da Península Ibérica e a formação do Reino de Portugal. No presente artigo, analisaremos o conto A Morte do Lidador, na qual o autor apresenta a imagem do guerreiro lusitano, que tinha sua força baseada na união racial entre o romano e o germânico, em sua luta pela defesa do território diante dos invasores muçulmanos do Norte da África.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodrigo Santos de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande

Professor Adjunto dos cursos de História da Universidade Federal do Rio Grande. Doutor em História pela PUCRS.

Downloads

Publicado

2018-03-08

Como Citar

Oliveira, R. S. de. (2018). A construção do imaginário do guerreiro lusitano romântico em a morte do lidador de Alexandre Herculano. Historiæ, 8(1), 93–108. Recuperado de https://periodicos.furg.br/hist/article/view/7809