A crítica da conjuntura histórica em Agosto, de Rubem Fonseca
Palavras-chave:
Rubem Fonseca. Narrativa romanceada. Conjuntura histórica. Crítica temática. Pragmática comunicativaResumo
No conjunto da ficção de Rubem Fonseca, Agosto é a única narrativa possível de ser catalogada como romance de temática histórica, filiado num realismo crítico de feição pós-modernista, uma vez que problematiza aspectos da História brasileira mais recente. Do ponto de vista semântico, por exemplo, o que se verifica é a desmistificação de acontecimentos realmente ocorridos, durante um período político importante, atravessado por uma profunda crise económica, social e institucional que culminou, em Agosto de 1954, com o suicídio do Presidente do país, Getúlio Vargas. Por seu lado, a componente sintáctica do relato evidencia uma postura autoral marcadamente inquiridora, consubstanciada pela activação de determinadas estratégias denunciadoras da posição crítica assumida pelo narrador. Do mesmo modo, as diferentes manifestações do sujeito de enunciação no texto comportam inevitáveis implicações pragmáticas, provenientes do modo de representação da realidade, com destaque para as relações que estabelece com certas personagens do romance e com o contexto que envolve os acontecimentos.Downloads
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Publicado
2015-10-01
Como Citar
Petrov, P. (2015). A crítica da conjuntura histórica em Agosto, de Rubem Fonseca. Historiæ, 6(1), 302–322. Recuperado de https://periodicos.furg.br/hist/article/view/5419
Edição
Seção
Ensaios