Mia Couto: a escrita do romance, nos entre-tempos da História...

Autores

  • José Paulo Cruz Pereira Universidade de Algarve

Palavras-chave:

Metaficção historiográfica. Historiografia. Pós-colonial. Informe. Cultura. Alteridade.

Resumo

A nossa leitura de O outro Pé da Sereia – romance da autoria do escritor moçambicano Mia Couto – aborda-o como exemplo de «metaficção historiográfica», para usar a expressão de Linda Hutcheon. Acompanha nele a forma como aí se questionam «a História» e a sua verdade. Parte de uma epígrafe colhida de «Arcanjo Mistura» – o barbeiro-«filósofo» de «Vila Longe», para nela discutir uma diferente concepção do tempo e da morte. Será no desdobramento dos pressupostos da sua fórmula que: a) «História» se confrontará com os seus próprios dilemas; b) o violento choque entre culturas distintas tornará sensível o espaçamento que abre o «real» às tensões que afetam o seu entendimento histórico; c) a viagem e a escrita serão ambas compreendidas como modos metafóricos de um movimento desincorporador, por meio do qual tem lugar a «travessia das nossas fronteiras interiores»...

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Biografia do Autor

José Paulo Cruz Pereira, Universidade de Algarve

Doutor em Literatura Comparada pela Universidade do Algarve. Docente do Departamento de Artes e Humanidades – Universidade do Algarve.

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Publicado

2015-10-01

Como Citar

Pereira, J. P. C. (2015). Mia Couto: a escrita do romance, nos entre-tempos da História. Historiæ, 6(1), 186–214. Recuperado de https://periodicos.furg.br/hist/article/view/5413