Um reino em arquipélago: reflexões sobre a organização geopolítica de Angola no século XIX.

Autores

  • Carolina Perpétuo Corrêa Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Palavras-chave:

Angola, século XIX, História da África, relatos de viagem

Resumo

Este artigo tem o objetivo de, por intermédio de relatos de viajantes, cronistas e funcionários administrativos no século XIX, refletir sobre a organização geopolítica de Angola. Após breve parêntese metodológico, discutimos o caráter da presença portuguesa na região que considerava ser o “Reino de Angola” e as suas relações com as chefias políticas autóctones. Defendemos a hipótese que esse estado tinha o caráter de um arquipélago, formado por ilhas de poder e soberania portuguesa, ainda que débil, em meio a um mar de sobados e estados autônomos. Tratamos relações de chefias autóctones, os sobas, com a administração portuguesa por meio da instituição da “vassalidade”, defendendo que esses líderes políticos detinham grande parcela de poder e autonomia. Acreditamos que autores dos relatos utilizados como fontes no estudo acabavam por revelar, nas entrelinhas, o poder e a das chefias autóctones, mesmo quando explicitamente afirmavam a efetividade da dominação portuguesa.

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Publicado

2020-09-16

Como Citar

Corrêa, C. P. (2020). Um reino em arquipélago: reflexões sobre a organização geopolítica de Angola no século XIX. Historiæ, 10(2), 33–66. Recuperado de https://periodicos.furg.br/hist/article/view/12041