Chamada de artigos V. 16 – 2025

2025-02-26

Dossiê Nº 1

História das mulheres, das relações de gênero e das violências: interseccionalidades e interdisciplinaridades

 Organizadores: Drª. Talita Gonçalves Medeiros (UNIMONTES), Drª. Bruna Alves Lopes (UEPG), Dr. Marcio Caetano (UFPel).

Descrição: A partir da segunda metade do século XX, mudanças significativas aconteceram na História gerando impactos nas fronteiras que delimitavam a disciplina, assim como, seus objetos de interesses, metodologias e a própria maneira de compartilhar os conhecimentos produzidos em seu meio. Entre os elementos que contribuíram para a renovação do campo estão a emergência da histórias(s) da(s) mulher(es) na década de 1970, impulsionado pelos movimentos feministas da época e pelo desejo de superar a invisibilidade da agência feminina na narrativa histórica. A partir dos anos 1990, o acúmulo de experiência e reflexões, possibilitou a ampliação do olhar para as relações de Gênero e, no início do século XXI, o desejo de uma História plural e democrática impulsionou reflexões e inserções de categorias e reflexões até pouco tempo ignoradas, tais como, a cisheteronormatividade, a decolonialidade, as dimensões públicas das histórias e das memórias e as interseções  que as cercam,  expressando não apenas o desejo de uma escrita da História que abarque os sujeitos femininos, mas que também seja reflexiva e capaz, inclusive de criticar e desvelar os mecanismos que colaboraram para a sua construção, colocando em evidência suas interdições, exclusões e possibilidades. Desta feita, tendo em vista as questões acima expostas, este dossiê temático tem como proposta reunir pesquisas concluídas e/ou andamento que versem sobre a(s) história(s) da(s) mulher(es) e das relações de gênero. Serão bem vindas, investigações que abordem as lutas políticas e o movimentos sociais em busca de igualdade e respeito a diversidade, a hierarquização dos corpos e suas interseccionalidades (gênero, classe, raça/etnia, deficiência, sexualidade, geração, entre outras), as construções dos modelos de masculinidades e feminilidades e as múltiplas violências que cercam, expõem, marcam ou mutilam esses corpos, bem como, discussões que envolvem práticas de cuidado, as práticas reprodutivas e as discussões sobre famílias.

Prazo de envio dos textos: 30/06/2025.

 

 

Dossiê Nº 2

Mito e Performance: da Epopéia à Tragédia

Organizadores: Dr. Jussemar Weiss Gonçalves (FURG), Dr. Matheus Barros (UFRGS), Dr. Rafael Brunhara (UFRGS).

Descrição: O que se busca com este dossiê é discutir as relações que se constituíram entre o mito e suas formas de expressão. A epopeia é marcada por uma atividade performática, isto é, um acontecimento que se edifica a partir de uma linguagem que inclui, além da fala a gestualidade que caracteriza o Aedo. Embora solitário, o Aedo realiza uma encenação do passado ao contar- cantar os versos marciais. O teatro trágico recria o mito a partir de uma realidade cívica na qual as compreensões da vida e do pensar não são as mesmas da epopeia. Se o Aedo encenava, sozinho, o passado, o teatro se constituem como um movimento envolvendo autor, encenador, atores e um espaço próprio para sua realização. Os mitos são revisitados pela criação autoral produzindo uma performance na qual tempos variados confluem para amalgamarem o tempo trágico, isto é, o tempo no qual os espectadores mergulham em um outro mundo, ficcional, que lhes proporciona perceberem a si e a sua cidade de um modo diferente. Com o patrocínio e estímulo da cidade a teatralidade trágica se torna a forma de expressão de uma cultura cívica que marcou a democracia ateniense no século V AEC.

 Prazo de envio dos textos: 30/06/2025.