Processos de didatização: noções de família e desigualdades de gênero para estudantes do Ensino Médio

Autores

  • Alexandre Zarias Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj)
  • Elizabete Maria de Oliveira Universidade de Pernambuco (UPE)

DOI:

https://doi.org/10.14295/de.v6i2.8259

Resumo

Este artigo analisa a concepção de alunas e alunos a respeito da temática “gênero e família”, segundo um processo de didatização, em quatro etapas, realizado numa Escola de Referência em Ensino Médio, Recife-PE, envolvendo 15 participantes de uma turma do segundo ano. A pesquisa, de natureza exploratória, com abordagem qualitativa e revisão teórica dos conceitos de gênero, família e didatização, durou um ano (2016-2017). Família e escola têm fundamental importância na formação de seus integrantes, sendo responsáveis também pela reprodução das desigualdades sociais, principalmente as de gênero, num campo de confrontação de valores. Conforme o processo de didatização, constatou-se que as concepções de gênero e família não estão circunscritas apenas aos valores atribuídos à família nuclear, isto é, pai-mãe-filhos. Registrou-se uma diversidade de representações das experiências de família e relações de gênero que auxiliou os participantes da pesquisa a relativizar suas próprias experiências sociais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Zarias, Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj)

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Antropologia Social, Especialista em Jornalismo Científico e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É pesquisador e professor da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), onde desenvolve estudos e ministra disciplinas acerca de gênero e desenvolvimento, ensino de sociologia, metodologia da pesquisa, metodologia de ensino e metodologia qualitativa. Tem experiência em pesquisas a respeito do sistema de justiça civil, direito de família e avaliação de políticas públicas. Professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (PPGS-UFPE). É editor da Revista Coletiva (www.coletiva.org), uma publicação eletrônica para a difusão e popularização da ciência. Foi editor da Revista Estudos de Sociologia (UFPE) entre 2013 e 2015. Coordenou o Mestrado Profissional em Ciências Sociais para o Ensino Médio (MPCS) da Fundaj, entre 2013 e 2016, e o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (PROFSOCIO) de 2016 a 2017. Atuou como pesquisador colaborador do Institut Universitaire de Recherches Scientifiques (IURS) da Université Mohammed-V, Rabat, Marrocos, entre 2016 e 2017. Atualmente (2018-2019), realiza o pós-doutorado na Université de Strasbourg, França. (Fonte: Currículo Lattes)

 

Elizabete Maria de Oliveira, Universidade de Pernambuco (UPE)

 Licencianda em Ciências Sociais. Universidade de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

Referências

AUGÉ, Marc. Os domínios do parentesco. Lisboa. Ed. 70. 1978. 178 p.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Ministério da Educação, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional da Educação. Brasília: Ministério da Educação, 2014.

CASTILHO, Marta; MELO, Hildete Pereira. Trabalho Reprodutivo no Brasil: quem faz? R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 135-158, jan./abr. 2009.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI Escolar: Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. 790 p.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. 179 p.

MOURA, Denilda. Os desafios da língua: pesquisas em línguas falada e escrita. Maceió: EDUFAL, 2008. 578 p.

PRADO, Danda. O que é família. São Paulo: Abril Cultural: Brasiliense, 1985. 92 p.

SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2, jul./dez. 1995.

Downloads

Publicado

2019-02-07

Como Citar

Zarias, A., & Oliveira, E. M. de. (2019). Processos de didatização: noções de família e desigualdades de gênero para estudantes do Ensino Médio. Diversidade E Educação, 6(2), 217–231. https://doi.org/10.14295/de.v6i2.8259

Edição

Seção

Espaços Educativos