<b>Near inertial oscillations at the shelf off northern Patagonia</b>

Resumo

Quatro séries temporais de correntes obtidas próximas a 43ºS sobre a plataforma continental da Patagônia, coletadas entre Setembro/1991 e Agosto/1992, foram filtradas com freqüências de corte de 0.049 e 0.068 ciclos por hora (cph) para extrair a componente quase inercial. As séries temporais filtradas têm somente uma pequena atenuação de amplitude quando comparadas aos dados originais e a fase não alterada. Em dois fundeios costeiros, onde a coluna d’água é fracamente estratificada a energia contida na banda inercial é desprezível. Sobre a plataforma externa o pico inercial é largo, e velocidades máximas são > 25 cm s-1. O vetor velocidade horizontal é quase polarizado circularmente (excentricidade de 1.04) e gira em sentido anti-horário com uma freqüência um pouco mais que a freqüência inercial local. A direção de propagação é para 105º relativos ao norte verdadeiro, aproximadamente perpendicular à costa. A correolação complexa entre correntes filtradas nas profundidades de 17 e 67 m tem uma magnitude de 0.83 e uma diferença de fase de 176º, indicando que o fluxo é dominado pelo primeiro modo baroclínico. A taxa entre as amplitudes acima e abaixo da picnoclima é controlada pela profundidade da picnoclima, como previsto por um modelo de duas camadas. O modelo simples de Pollard & Millard (1970), forçado com o vento de Puerto Madryn, reproduziu muitos dos fatores observados das correntes inerciais na camada superficial. A ausência de oscilações inerciais sobre plataforma externa durante o inverno, e a reduzida amplitude costeira durante o período de amostragem, são associadas portanto à reduzida estratificação da coluna de água.