<b>Evolução da pescaria industrial de camarão-rosa<i> (Farfantepenaeus brasiliensis e F. paulensis) </i>na costa Sudeste e Sul do Brasil – 1968-1989</b>

Autores

  • Helio Valentini
  • Fernando D'Incao Universidade Federal do Rio Grande
  • Luiz Fernando Rodrigues CEPSUL/BAMA
  • Luiz Felipe Dumont Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.5088/atlântica.v34i2.3177

Palavras-chave:

Sudeste e Sul do Brasil, pesca do camarão-rosa, esforço de pesca, distribuição da pescaria, fauna acompanhante

Resumo

Foi analisada a série histórica de dados referentes à frota de arrasteiros de camarão-rosa do Estado de São Paulo para o período de 1968 a 1989, obtidos pelo Instituto de Pesca/SP. Este período foi separado em quatro qüinqüênios (1968-1972; 1973-1977; 1978-1983; 1984-1989) que identificam as diversas fases que caracterizaram a evolução da pescaria com base nos trabalhos de avaliação pesqueira. Uma clara mudança no padrão da pescaria foi observada ao longo dos qüinqüênios analisados. No primeiro período, a elevada CPUE das espécies-alvo sustentava bons rendimentos para a pescaria. Durante esse período, a pesca se distribuiu homogeneamente ao longo da costa do SE/S do Brasil, apresentando esforço de pesca bem distribuído latitudinalmente e concentrado nas profundidades de maior abundância do camarão-rosa (40-80 m). A partir do segundo qüinqüênio, as capturas começam a se concentrar na região central, ainda na faixa de profundidade preferencial do camarão-rosa. Nessa fase da pescaria, é notável a diminuição da abundância relativa ao longo de toda área, reflexo do aumento do esforço de pesca aplicado sobre o estoque, embora os desembarques ainda tenham mantido um nível considerado alto. O terceiro e quarto períodos são caracterizados pela queda na CPUE do estoque. A partir do terceiro qüinqüênio, a frota de arrasteiros passou a buscar novos recursos demersais, ampliando a sua área de atuação para profundidades que não mais refletem a distribuição do camarão-rosa. Como conseqüência dessa mudança no padrão de pesca, outras espécies passaram a ganhar importância nos desembarques, com o esforço migrando para profundidades maiores.

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Biografia do Autor

Helio Valentini

Instituto de Pesca

Fernando D'Incao, Universidade Federal do Rio Grande

Fernando Dincao concluiu o doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná em 1995. Atualmente é professor titular da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), diretor da estação de apoio antártico (ESANTAR) e gestor do polo pesqueiro (programa de Pólos tecnológicos - secretaria de ciência e tecnologia do RS).

Luiz Felipe Dumont, Universidade Federal do Rio Grande

Possui graduação em Oceanologia pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (2000) e mestrado em Oceanografia Biológica pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (2003). Realizou doutorado em Oceanografia Biológica pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (2008) com período de estágio no exterior, realizado na Universidade de Southampton (Inglaterra), desenvolvendo pesquisas nas áreas de genética populacional e identificação de estoques pesqueiros. Atualmente é professor Adjunto II, membro do corpo permanente do Programa de Pós-graduação em Oceanografia Biológica da FURG, assim como membro da coordenação do programa, orientando alunos na área de gerenciamento pesqueiro de camarões e ecologia marinha.

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Publicado

2012-12-06

Como Citar

Valentini, H., D’Incao, F., Rodrigues, L. F., & Dumont, L. F. (2012). <b>Evolução da pescaria industrial de camarão-rosa<i> (Farfantepenaeus brasiliensis e F. paulensis) </i>na costa Sudeste e Sul do Brasil – 1968-1989</b>. Atlântica (Rio Grande), 34(2), 157–171. https://doi.org/10.5088/atlântica.v34i2.3177

Edição

Seção

Artigos