<b>Estrutura termal em alta resolução das águas da frente polar na região da passagem de Drake durante as operações Antárticas XXII e XXIII (verão Austral de 2003 e 2004)</b>

Autores

  • Leila Baganha Rabelo
  • Ronald Buss de Souza
  • Mauricio Magalhaes Mata Universidade Federal do Rio Grande
  • Marcelo Freitas Santini

DOI:

https://doi.org/10.5088/atlântica.v34i2.1701

Palavras-chave:

Frente Polar, temperatura da água do mar, Oceano Austral, batitermógrafo descartável

Resumo

Através do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), muitos estudos tem se dedicado a vários aspectos da oceanografia antártica e aos processos de tele conexão entre o oceano Austral e o oceano Atlântico Sul. Valendo-se de dados de batitermógrafos descartáveis (XBTs), coletados em alta resolução durante a derrota do Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Ary Rongel na região da Passagem de Drake, esse trabalho analisa a estrutura termal da Frente Polar (FP) durante o mês de novembro dos anos de 2003 e 2004. A temperatura média da água na superfície do mar foi de 4,1°C na Zona Subantártica (ZSA - região norte da FP) e -0,4°C na Zona Antártica (ZA - região sul da FP), valores que indicam o alto contraste térmico superficial entre as massas d’água que se encontram ao longo da FP. Com base na metodologia proposta por Kara et al. (2000), determinou-se através do máximo gradiente horizontal de temperatura que a FP estava situada nas proximidades de 58°S no período desse estudo. As características oceanográficas gerais da região de estudo podem ser resumidas dessa forma: (i) em profundidades maiores que 200 m, a ZA apresenta águas com temperaturas inferiores a 2°C e cerca de 2,5ºC mais quentes que as águas superficiais; (ii) em profundidades maiores que 200 m, a ZSA apresenta águas com temperaturas entre 2,5°C e 3°C e cerca de 1°C a 1,5ºC mais frias que as águas superficiais; (iii) a ZA apresenta uma camada de mistura mais estável até 100 m de profundidade, onde se encontra o topo da termoclina; (iv) a ZSA apresenta uma termoclina que se estende desde a superfície até a profundidade de 200 m. Estudos descritivos como o apresentado aqui aumentam nosso conhecimento sobre a natureza da FP e sua variabilidade. A modelagem numérica de circulação oceânica pode ser altamente beneficiada pela disponibilidade de novos dados de temperatura da água do mar e da profundidade da termoclina coletados in situ com alta resolução. A determinação precisa da espessura da camada de mistura oceânica na região da Passagem de Drake é importante para auxiliar o entendimento do acoplamento oceano-atmosfera e os processos de teleconexão entre o oceano Austral e o oceano Atlântico Sul.

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Biografia do Autor

Leila Baganha Rabelo

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais.

Ronald Buss de Souza

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais.

Mauricio Magalhaes Mata, Universidade Federal do Rio Grande

Oceanógrafo (FURG, 1991), Mestre em Sensoriamento Remoto (UFRGS, 1996) e concluiu o Doutorado em Oceanografia (PhD) na Flinders University of South Australia em 2001. Atualmente é Professor Associado-DE junto ao Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande-FURG (Rio Grande, RS). Atua na área de Oceanografia Física de meso e grande escala e Oceanografia Antártica.

Marcelo Freitas Santini

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais.

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Publicado

2012-12-08

Como Citar

Rabelo, L. B., Souza, R. B. de, Mata, M. M., & Santini, M. F. (2012). <b>Estrutura termal em alta resolução das águas da frente polar na região da passagem de Drake durante as operações Antárticas XXII e XXIII (verão Austral de 2003 e 2004)</b>. Atlântica (Rio Grande), 34(2), 189–201. https://doi.org/10.5088/atlântica.v34i2.1701

Edição

Seção

Artigos