<b> Dieta natural de <i> Ligia exotica </i> (Crustacea, Isopoda, Ligiidae) em duas regiões do estuário da Lagoa dos Patos, Rio Grande do Sul, Brasil </b>

Autores

  • Elis Regina Lopes-Leitzke Universidade Federal do Rio Grande
  • Camila Wally da Silva e Souza Macedo Universidade Federal do Rio Grande
  • Deise Azevedo Longaray Universidade Federal do Rio Grande
  • Fernando D'Incao Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.5088/atlântica.v33i2.1496

Palavras-chave:

Oniscidea, Ligia exotica, alimentação, dinâmica populacional, estuário da Lagoa dos Patos

Resumo

Isópodos são exemplos da transição evolutiva dos crustáceos do mar para terra, existindo formas tipicamente aquáticas e formas tipicamente terrestres. Ligia exotica é dominante na região intertidal do Estuário da Lagoa dos Patos, tendo um importante papel na reciclagem de nutrientes e na cadeia trófica. A área de estudo compreendeu o Molhe Oeste de Rio Grande e a Ilha do Leonídeo. O conteúdo alimentar foi estudado sazonalmente, através da captura manual de indivíduos em Outubro/2003, Janeiro, Abril e Julho/2004. Após capturados, os indivíduos foram fixados imediatamente em formol 4% durante 24 horas e conservados em álcool 70%. Os tubos digestivos foram pesados e o grau de repleção foi estimado. O conteúdo de cada tubo digestivo foi diluído em 1 ml de água destilada. Para quantificação dos itens, o conteúdo foi colocado em uma lâmina de contagem graduada. Cada item identificado foi quantificado pela contagem do número de ocorrência nos quadrados da lâmina. Para testar a possível diferença entre a frequência dos itens consumidos por machos e fêmeas, foi utilizado o qui-quadrado. Análises qualiquantitativas foram realizadas segundo os métodos de freqüência relativa de ocorrência, freqüência relativa dos pontos. Um total de 912 tubos digestivos foi analisado: 426 indivíduos no Molhe Oeste e 485 indivíduos na Ilha do Leonídeo. Seis itens alimentares foram identificados e diferenças significativas foram observadas nos itens consumidos por machos e fêmeas de ambas as populações. Os itens alimentares mais importantes para a dieta natural de Ligia exotica foram: detrito vegetal, areia e a alga Polysiphonia sp. Desta forma, em ambas as regiões do estuário, a espécie pode ser considerada generalista.

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Biografia do Autor

Elis Regina Lopes-Leitzke, Universidade Federal do Rio Grande

Possui graduação em Ciências Licenciatura Plena - Biologia pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1996), mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000), doutorado (2005) e Pós-doutorado (2008) em Oceanografia Biológica pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Atualmente é Técnica do Laboratório de Zoologia (ICB/FURG)

Camila Wally da Silva e Souza Macedo, Universidade Federal do Rio Grande

Possui graduação em Ciências Biológicas - Licenciatura pela Universidade Federal do Rio Grande (2007), Mestre em Fisiologia Animal Comparada pela Universidade Federal do Rio Grande (2010)

Deise Azevedo Longaray, Universidade Federal do Rio Grande

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Rio Grande (FURG). Mestrado em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande. Atualmente doutoranda do Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde (UFRGS, FURG, UFSM).

Fernando D'Incao, Universidade Federal do Rio Grande

Possui doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná em 1995. Atualmente e professor titular da FURG.

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Publicado

2012-08-19

Como Citar

Lopes-Leitzke, E. R., Macedo, C. W. da S. e S., Longaray, D. A., & D’Incao, F. (2012). <b> Dieta natural de <i> Ligia exotica </i> (Crustacea, Isopoda, Ligiidae) em duas regiões do estuário da Lagoa dos Patos, Rio Grande do Sul, Brasil </b>. Atlântica (Rio Grande), 33(2), 149–160. https://doi.org/10.5088/atlântica.v33i2.1496

Edição

Seção

Artigos